Então... O post de hoje não será “deprimente”, mas sim sobre algo que tenho aprendido desde o dia 25 de julho. Foi neste dia que comecei a dar aula na escola onde trabalho até hoje e foi neste dia que começou uma série de experiências e aprendizados que jamais achei que passaria. Dar aula, transmitir aquilo que sabe é algo extraordinário, mas o que transpassa esse sentimento é o aprendizado que os alunos nos passam. O carinho que eles têm pelos professores é o que faz seguir em frente, sem dúvida. Cada abraço apertado pedindo por carinho, cada flor arrancada do jardim da escola que dão para mim é como um lindo buquê, cada desenho é como uma obra de arte valiosíssima, cada cartinha é como um troféu, cada sorriso ao ver a professora de educação física entrando na sala vale mais do qualquer coisa nesse mundo. É, acho que encontrei o que gosto de fazer. Hoje tenho certeza de que meus alunos são mais do que alunos, fazem parte de mim, eles sentem quando não estou naqueles dias muito felizes, sentem minha alegria. É gratificante uma mãe chegar e falar: minha filha me disse que te ama.
Lógico que dar aula também não é um mar de rosas, lógico que nem todas as professoras desse mundo gostam do que fazem, sentem a carência dos alunos e dão o máximo de si. Sempre tem alguém para destoar o coro. Me falaram esses dias que o professor medíocre não se importa com o aluno e não muda quando alguém vem e diz “ você está falando alto demais, gritando demais”. O bom profissional é aquele que tende a crescer a cada conselho lhe dado, a casa situação com o aluno, com os colegas de trabalho. Esse sim vai em frente. O melhor é ouvir de professoras que estão na rede a mais tempo do que tenho de vida e diz “você trabalha melhor do que muita professora aqui”. Sinto uma felicidade imensa quando algum aluno me diz " professora, eu te amo". Finalmente sinto que achei o que gosto de fazer e tenho orgulho de ser professora. Fazia tempo que não falava de algo que está me fazendo bem. Post dedicado a todos os meus alunos da Escola José Brunetti Gugelmin, às professoras que acreditam em mim, e especialmente ao Fernando que notou minha ausência no blog.
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